segunda-feira, 10 de abril de 2023

Quando o Zero é tudo, ou nada!

Dizem que, certa vez, depois de conquistar a Pérsia, há quase 2,3 mil anos, Alexandre Magno chegou às margens do Rio Indo e encontrou um gimnosofista – um sábio nu – sentado sobre uma rocha, olhando para o céu. "O que você está fazendo?", perguntou Alexandre. "Experimentando o nada", respondeu o gimnosofista. "E você, o que está fazendo?” "Conquistando o mundo", respondeu Alexandre. Os dois riram, cada um achando que o outro era um tolo que estava desperdiçando sua vida. 10³⁰ + 666 × 10¹⁴ + 1: o fascinante número que tem 'reputação diabólica' O renomado mitólogo indiano Devdutt Pattanaik relembra esta história para ilustrar as diferenças entre a cultura indiana e a ocidental — e também para mostrar como a Índia estava filosoficamente aberta para o conceito do nada, muito antes de ser escrito o primeiro número zero. Fogo As três grandes religiões da Índia antiga — o budismo, o hinduísmo e o jainismo — mantinham um extraordinário enfoque sobre os números. A matemática indiana remonta ao período védico (perto do ano 800 a.C.), quando a prática religiosa exigia cálculos bastante sofisticados. Naquela época, os rituais eram parte importante da vida das pessoas. E a construção de altares de fogo era regida por especificações precisas, detalhadas nos Śulbasūtras, os textos científicos mais antigos da Índia. Escritos entre 800 a.C. e 200 a.C., os Śulbasūtras contêm, entre outras coisas: - Conversões de figuras geométricas, como do quadrado para o círculo ou do retângulo para o quadrado, mantendo as mesmas áreas. Para isso, foi preciso calcular o valor do número pi (π); - O cálculo da raiz quadrada de 2 (√2), o número irracional que viria a ameaçar a filosofia pitagórica; - E, falando em Pitágoras, os escritos indianos já incluíam o teorema que leva seu nome, 200 anos antes do nascimento do filósofo e matemático grego. Gigantes Além de estarem adiantados na geometria, os indianos desenvolveram uma obsessão única no mundo antigo por números gigantescos. Na Grécia, o número mais alto era a miríade, que representava 10 mil. Mas a Índia chegou aos trilhões, quatrilhões e mais além. E vestígios dessa antiga paixão pelo inviavelmente grande permanecem vivos até hoje. "Números muito grandes fazem parte das conversas", diz o matemático indiano Shrikirshna G. Dani. "Por exemplo, se falo em 'padartha' sem explicar, quase todo mundo entende.” Padartha? "É 10¹⁷ — 1 seguido por 17 zeros [100.000.000.000.000.000, ou 100 quatrilhões] — e significa literalmente 'a meio caminho do céu'", esclarece o professor. "E, na tradição budista, os números iam muito mais além: 10⁵³ é um deles." Mas qual o motivo desses números? Eles eram usados para alguma coisa? "Não existe nenhuma razão prática óbvia", afirma Dani. "Acredito que exista um certo tipo de satisfação que as pessoas obtêm quando pensam neste tipo de número." No 'Śulbasūtra', Baudhayana (por volta de 800-700 a.C.) escreveu os valores de π e √2, além de um teorema muito parecido com o de Pitágoras E que razão melhor do que a satisfação! Os jainistas também não ficavam para trás. Raju, por exemplo, é a distância percorrida por um deus em seis meses, depois de percorrer 100 mil yojanas a cada abrir e fechar de olhos. Provavelmente essa explicação não te diz nada, mas fazendo um cálculo aproximado, se um deus piscar os olhos 10 vezes por segundo, ele percorre cerca de 15 anos-luz. Nenhum texto religioso ocidental menciona nenhum valor próximo a esse. E, como se não bastasse, os indianos contemplaram e classificaram diversas variedades de infinito, o que foi fundamental para desenvolver o pensamento matemático abstrato dois milênios depois. Do nada para o zero É claro que, para imaginar tamanha quantidade de zeros, era preciso inventá-lo primeiro. A noção de vazio já era presente em diversas culturas. Os maias e os babilônios, por exemplo, usavam marcadores de ausência de quantidade. Mas os indianos foram os que transformaram essa ausência em 0, chamando-a de shunya (“vazio”, em sânscrito). Dar um símbolo para o nada, dizendo, em outras palavras, que nada era alguma coisa, talvez tenha sido o maior salto conceitual da história da matemática. Mas quando esse salto aconteceu? Até poucos anos atrás, o zero mais antigo já encontrado era o que aparece em uma parede do templo do forte de Gwalior, no centro da Índia. Ele data de 875 a.C. Mas, naquela época, o zero já era de uso comum na região. Desde 2017, a menção mais antiga do zero já registrada é um antigo pergaminho indiano conhecido como manuscrito Bhakshali. Ele foi datado por carbono como sendo dos séculos 3 ou 4 — mas alguns especialistas não aceitam esta datação. De qualquer forma, até onde sabemos, os astrônomos e matemáticos indianos Aryabhata, nascido em 476, e Brahmagupta, nascido em 598, foram os primeiros a descrever formalmente as casas decimais modernas e as regras atuais que regem o uso do número zero, demonstrando sua incrível utilidade. Superior a todos os demais pela forma como facilitava os cálculos, o sistema numérico indiano se espalhou, primeiro pelo Oriente Médio, para depois chegar à Europa e ao resto do mundo, até se tornar o sistema dominante. Mas por que o zero se originou na Índia? Foi só para escrever grandes números, ou havia outras forças espirituais em jogo? Nos manuais arquitetônicos indianos, o espaço vazio das construções era mais importante do que as paredes O círculo, símbolo do céu e do vazio, acabou sendo escolhido para indicar o zero "O interessante é que existe uma grande quantidade de shunya surgindo em toda parte. Estava por aí desde aproximadamente 300 a.C.", segundo o historiador da matemática George Gheverghese Joseph. Ele destaca que o shunya estava presente em "manuais arquitetônicos, dizendo que o importante não eram as paredes, mas o espaço entre elas", e até "na crença existente no budismo, no jainismo e na religião primitiva e básica de que você precisa alcançar um estado específico chamado nirvana, no qual tudo é apagado". "Era um ambiente muito fértil para que alguém, cujo nome não conhecemos, percebesse que esse conceito filosófico e cultural também seria útil no sentido matemático", afirma o historiador. Para a matemática Renu Jain, vice-chanceler da Universidade Devi Ahilya Vishwadivyalaya, na Índia, não existe dúvida de que a ideia espiritual do nada inspirou a ideia matemática do zero. "Zero não indica nada, mas, na Índia, ele é derivado do conceito de shunya, uma espécie de salvação, o ápice qualitativo da humanidade, em certo sentido", explica. "Quando todos os nossos desejos são atendidos, não temos nenhum desejo e, então, vamos para o nirvana ou shunya." Ou seja, o nada é o todo. Na verdade, o próprio uso do círculo para designar o zero pode ter origens religiosas. "O círculo também simboliza o céu", observa a historiadora da matemática indiana Kim Plofker. "Muitas das palavras usadas para codificar verbalmente o zero em sânscrito significam céu ou vazio. Por isso, como o céu é representado pelo círculo dos céus, este é um símbolo muito apropriado para o zero", explica. "Segundo as religiões da Índia, o universo nasceu do nada, e o nada é o objetivo final da humanidade", afirmou o matemático Marcus du Sautoy no episódio The Genius of the East ("O gênio do Oriente") da série de TV Story of Maths ("História da matemática"), da BBC. "Por isso, talvez não seja surpreendente que uma cultura que acolheu o vazio com tanto entusiasmo pudesse acomodar sem problemas a noção do zero", segundo ele. Nunca poderemos afirmar com total certeza, mas, a julgar pelas opiniões de diversos especialistas, é provável que algo na sabedoria espiritual da Índia tenha levado à invenção do zero. E existe ainda outra ideia relacionada ao zero e ao vazio que teve um impacto profundo no mundo moderno. Os computadores funcionam segundo o princípio de dois estados possíveis: ligado e desligado. Ao ligado, atribui-se o valor 1; e, ao desligado, 0. "Talvez não surpreenda que o sistema de números binários também tenha sido inventado na Índia, nos séculos 2 ou 3 antes de Cristo, por um musicólogo chamado Pingala, apesar de seu uso ser para a métrica", afirmou o historiador de ciência e astronomia Subhash Kak à jornalista Mariellen Ward, da BBC Travel. E pensar que tudo nasceu na Índia... do nada!

sábado, 26 de novembro de 2022

Matemática e Copa do Mundo de Futebol, qual a relação?

https://jornaltribuna.com.br/2022/11/copa-do-mundo-qual-a-relacao-entre-a-matematica-e-os-jogos/ 



Deixe nos comentários o que tem de matemática numa partida de futebol?

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Clube de Reforço IFPR

Clube de reforço de matemática e nosso site de aulas de matemática básica com vídeos no Youtube




Clube de Reforço
 tem o objetivo de estimular a manutenção e permanência dos(as) discentes nos cursos ofertados pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Curitiba. Por meio dele serão trabalhados conteúdos de suplementação a fim de minimizar as dificuldades apresentadas pelos(as) alunos(as) antes de iniciarem com as disciplinas dos Cursos Técnicos, Tecnólogos e Integrado.

Dentro de alguns dias, os(as) estudantes do Campus Curitiba poderão acessar o reforço, contando com listas de exercícios e suporte dos professores, por meio da plataforma Moodle.

Para aproveitar o material público acesse AQUI

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A tábua babilônia ‘Plimpton 322’



Tábua babilônia


Quase um século de estudos revelou que as inscrições em uma placa babilônica de argila de 3.700 anos constituem a mais antiga tábua trigonométrica já conhecida. Composta de avançadíssimos cálculos possivelmente usados na construção de templos, palácios e canais, a placa foi cunhada cerca de 1.000 anos antes que o matemático grego Pitágoras ficasse conhecido pelo teorema da trigonometria que afirma que o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos – a tábua traz não apenas a mesma conta, mas também uma série de outras fórmulas que os cientistas afirmam ser até mais precisas que as atuais.

Como eram os números nessa época?

Os babilônios "escreveram" em argila úmida, pressionando uma cunha (por isso escrita cuneiforme) dentro de uma pequena quantidade de variações de escrita. O sistema de números babilônicos, já desde cedo muito precoce, foi notavelmente sofisticado. O número 1 foi "escrito" com um único "golpe"  e os números 2 a 9 foram escritos combinando múltiplos de um único "golpe":

       
O número 10 foi escrito como um caracter simples  e os números de 20 a 50 foram escritos com múltiplos desse mesmo caracter:

   
E como fazer relações métricas em figuras geométricas de três lados utilizando essa escrita "simples", pois bem, aí mora a dificuldade que perdurou por mais de 70 anos e que só agora em 2017 foi desvendada:
http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,inscricoes-feitas-na-babilonia-ha-3-7-mil-anos-mudam-historia-da-matematica,70001949533

Fonte: 
1. Veja online (imagem)
2. http://www.math.ubc.ca/~cass/courses/m446-03/pl322/pl322.html




domingo, 9 de outubro de 2016

Matemático que solucionou "O Último teorema de Fermat" recebe o prêmio Abel

fermat
O matemático que solucionou o último teorema de Fermat, uma das charadas mais difíceis da história da álgebra, recebeu nesta terça-feira (15) o Prêmio Abel, o segundo mais importante na área.
O inglês Andrew Wiles, professor da Universidade de Oxford, propôs em 1994 a solução para o problema que havia sido postulado em 1637 pelo francês Pierre de Fermat.
A história foi contada no livro “O Enigma de Fermat”, de Simon Singh, que se tornou best-seller e fez Wiles ficar conhecido fora de seu círculo acadêmico.
O chamado último teorema de Fermat era na verdade uma afirmação deixada pelo famoso matemático francês anotada de maneira informal, na margem de um livro.
O que Fermat fez, basicamente, foi estender a fórmula usada por Pitágoras para calcular as laterais do triângulo retângulo (a² + b² = c²), mas explorando outras potências (aⁿ + bⁿ = cⁿ).
Segundo ele, usando variáveis com números inteiros, não existiria nenhuma solução para a equação quando o valor da potência n fosse maior ou igual a 3.
Fermat relatou ter desenvolvido um teorema para provar essa hipótese, mas nunca o publicou. Outros matemáticos tentaram construir uma prova ao longo dos séculos, mas falharam, até a prova de Wiles ser aceita, em 1994.
Momento eureka: Usando uma demonstração de formalismo elaborado, o inglês conseguiu provar que Fermat estava correto. A façanha rendeu ao matemático não apenas fama, mas uma dúzia de prêmios importantes na área.
Faltava ainda, porém, a segunda mais cobiçada láurea da matemática: o Prêmio Abel, concedido anualmente.
Esse era o prêmio mais importante que Wiles poderia receber porque a Medalha Fields, considerada o “Nobel da matemática”, só é concedida a pesquisadores com menos de 40 anos. Wiles tinha acabado de completar essa idade quando publicou sua solução do problema, o que o tornou inelegível.
Com o prêmio Abel, Wiles recebe agora 6 milhões de coroas norueguesas (US$ 700 mil), valor também comparável ao do Nobel – tanto em remuneração financeira quanto em prestígio.
“Andrew J. Wiles é um dos poucos matemáticos – se não o único – cuja prova de um teorema foi parar nas manchetes internacionais”, afirmou um comunicado da Academia de Ciências da Noruega, que concede o Prêmio Abel. “Quando ele solucionou o último teorema de Fermat em 1994, esse era o mais famoso e mais antigo problema em aberto na história da disciplina.”

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Carência de Matemática impede exercício da cidadania - BBC Brasil

Retirado de: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36486579?post_id=204264793305350_204265179971978#_=_
A carência de conhecimentos em matemática no Brasil chega a um nível que "interfere no exercício da cidadania", afirma o diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) do Rio, Marcelo Viana, que recebeu em Paris na quarta-feira o maior prêmio científico concedido na França.
"O Brasil precisa de matemática", diz o carioca, que citou à imprensa o caso real de uma vendedora de castanhas de caju que oferecia um pacote por R$ 3 e dois por R$ 5, mas se recusava a vender três por R$ 10 por considerar um mau negócio.
"Não estamos falando de profissão tecnológica, e sim de vender castanha de caju. A matemática também entra nesse nível. O país tem que encarar isso como uma prioridade", afirmou após a entrega do prêmio.
Viana recebeu o Grande Prêmio Científico Louis D. por sua obra sobre sistemas dinâmicos - ramo da matemática que estuda fenômenos que se desenvolvem ao longo do tempo -, utilizados em ecossistemas, previsão do tempo, trânsito e movimentos planetários, por exemplo.
A honraria, dada pela primeira vez na área da matemática, é concedida pelo prestigioso Institut de France, que reúne as cinco academias do país, entre elas a de Letras (fundada em 1635), a de Ciências e a de Belas-Artes.
O brasileiro dividirá o prêmio de 450 mil euros (cerca de R$ 1,8 milhão) com o matemático francês François Labourie, da Universidade de Nice, por outro trabalho também na área de sistemas dinâmicos.
Segundo as regras da premiação, 90% do montante distribuído deve ser destinado a pesquisas.
MatemáticaImage copyrightTHINKSTOCK
Image caption"O Brasil precisa de matemática", afirma o pesquisador premiado

Ensino catastrófico

Para Viana, a matemática no Brasil é "subvalorizada", e o ensino da disciplina é "catastrófico" por causa da má formação dos professores e da falta de incentivos na carreira.
"Primeiro o professor precisa saber matemática. Pode parecer óbvio, mas não é", diz ele, acrescentando que apenas 5% dos formandos nessa área estudaram em universidades públicas e que muitos deles preferem não integrar o sistema de ensino.
A grande maioria, afirma, cursa faculdades privadas, "cujo controle de qualidade é no mínimo duvidoso".
"E mesmo quem, apesar de tudo, decidiu ser professor não terá um salário compensador nem uma carreira motivadora."
Além disso, esses profissionais acabam trabalhando até 70 horas por semana para complementar a renda, diz Viana.
Para ele, o Brasil deveria dar prioridade à situação "muito grave" do ensino da disciplina.
"Temos dados (mostrando) que, ao final do ensino médio, nem sequer 10% dos alunos que são aprovados aprenderam o mínimo desejável."
No último estudo internacional PISA, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizado com alunos de 15 e 16 anos, os alunos brasileiros ficaram no 58° lugar em matemática em um ranking composto por 65 países, atrás de lugares como Albânia e Costa Rica.
De acordo com o mesmo estudo, 67,1% dos estudantes brasileiros na faixa etária analisada têm baixa performance na disciplina e poderão, mais tarde, ter dificuldades no mercado de trabalho, o que limita a possibilidade de ascensão social.
Aula matemáticaImage copyrightTHINKSTOCK
Image caption"Um país que já é uma potência mundial na pesquisa em matemática precisa se tornar agora uma potência mundial também nas salas de aulas", diz Viana

'Bicho-papão'

Para o diretor-geral do Impa, a matemática precisa ser valorizada e se tornar "mais atraente, criativa e próxima das pessoas". Para isso, o papel das famílias é fundamental, diz ele.
"A matemática é um barato. É preciso mostrar isso para a criança desde cedo. Nosso diagnóstico é que o bicho-papão da matemática não existe nos primeiros anos", afirma.
"As crianças gostam de matemática, mas como ela é ensinada nas escolas e a falta de relevância dada pelas famílias faz com que a criança vá se afastando da disciplina."
A área, explica, começa a se tornar um "bicho-papão" para as crianças a partir dos nove anos de idade.
"Pai que diz à criança que ele nunca gostou de matemática está passando o sinal de que não é importante conhecer o assunto", completa.

Olimpíadas de Matemática

O Brasil vai sediar nos próximos dois anos os dois maiores eventos mundiais de matemática, ambos no Rio de Janeiro, que poderão contribuir, na avaliação de Viana, para "mudar a cultura" em relação ao tema e popularizá-lo no país.
A Olimpíada Internacional de Matemática será em julho de 2017. Em agosto de 2018, ocorrerá o Congresso Mundial de Matemáticos, realizado pela primeira vez em um país do hemisfério sul, apesar de existir desde o século 19.
Nesse evento, realizado a cada quatro anos, é entregue a medalha Fields, conhecida como o "Prêmio Nobel da matemática", que o brasileiro Artur Avila, também do Impa, recebeu em 2014.
O Impa irá lançar diversas atividades durante esse período, como o "Festival da Matemática", em abril do ano que vem, "que visa um público amplo", diz Viana.
"Os eventos no Rio vão permitir que alcancemos um público que de outra forma não alcançaríamos."
O pesquisador afirma ainda que acha má-ideia a fusão, pelo governo interino de Michel Temer, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o das Comunicações.
"Não se mexe em time que está ganhando", diz, se referindo ao fato que desde a criação do ministério, há mais de 30 anos, houve uma evolução dos indicadores científicos e tecnológicos no país, que, a seu ver, pode ser atribuída em "boa parte" à ação da pasta.
"Um país que já é uma potência mundial na pesquisa em matemática, como comprovam as muitas conquistas, como a medalha Fields de Artur Avila, precisa tornar-se uma potência mundial também nas salas de aulas e em seus lares", afirma Viana.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

EParaná TV programa Eureka para todo o Brasil

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Alguns estudos de Psicologia Social

Inconsciente colectivo y el inconmensurable consumo de lo capital

Los estudios neurológicos han demostrado que el 100% de la motivación de compra son emocionales. Por lo tanto, es el ejecutivo de marketing dan cuenta de esto a fin de que sus estrategias se centran en los aspectos emocionales en lugar de las personas racionales. Las motivaciones de compra están relacionados con las necesidades, creencias y deseos individuales. Y la preferencia se despierta por las imágenes que se encuentran en nuestro inconsciente colectivo. Por lo tanto, el vendedor debe ser sensible a estas diferencias y crear estrategias y mensajes publicitarios que llegan directamente las imágenes arquetipos llamadas, que son verdaderos caminos mentales sedimentadas desde el nacimiento.
Pero nuestro cerebro, cada uno con su función distinta, oculta la verdadera motivación de compra emocional, para un "look" racional, y por lo tanto "entiende" a los incautos, que defienden la tesis de que el consumidor compra guiado por razones emocionales, 
[...]

Por Roberto Medeiros Jr, em 21/04/2016. Para acesso ao texto integral e cópia, entrar em contato com o autor: roberto.medeiros@ifpr.edu.br / robertoeduc@gmail.com

Jacques-Marie Émile Lacan y las Matematicas

Matemáticas y psicoanálisis: ¿una relación necesaria o contingente?


¿Es ésta una relación contingente o necesaria? ¿Aportan las matemáticas algo fundamental para entender el psicoanálisis o es una referencia más, como han sido la literatura, la historia, poesía, etc (el universitas literarum freudiano)?
Mi impresión es que no solo es necesario entender las matemáticas para poder captar la ruptura epistemológica, clínica y teórica que propone Jacques Lacan (diferenciándose en grado máximo de Sigmund Freud), sino que sin su aporte se pierde la subversión más radical que propone el psicoanálisis contemporáneo.

La ciencia y el psicoanálisis

Para empezar a considerar la relación que hay entre el psicoanálisis y las matemáticas, debemos considerar la concepción de ciencia que articula Jacques Lacan, cuyo nudo fundamental, son justamente, las matemáticas.
Tomemos como referencia los primeros párrafos de lo que fue la primera clase del seminario XIII el objeto del psicoanálisis, y que Jacques Lacan publicaría luego en sus Escritos, con el título “La ciencia y la verdad”:

Esa mutación decisiva que por la vía de la física fundó La ciencia en el sentido moderno, sentido que se plantea como absoluto. Esta posición de la ciencia se justifica por un cambio de estilo radical en el tempo de su progreso, de la forma galopante de su inmixión en nuestro mundo, de las reacciones en cadena que caracterizan lo que podemos llamar las expansiones de su energética. Para todo eso nos parece ser radical una modificación en nuestra posición de sujeto, en el doble sentido que es inaugural y de que la ciencia refuerza más y más. / Koyré es aquí nuestro guía y es sabido que se le conoce todavía mal.[1]

Y un poco más adelante: “Decir que el sujeto sobre el que operamos en psicoanálisis no puede ser sino el sujeto de la ciencia puede parecer paradoja…De nuestra posición de sujetos somos siempre responsables”[2]

Del párrafo precedente se infiere que la ciencia moderna implica un corte, una discontinuidad en el sentido que “algo” era de otro modo antes de esa “inmixión”, que define como una radical modificación en nuestra posición de sujeto.

Mi hipótesis es que esta posición de sujeto, en la enseñanza de Jacques Lacan permite dar cuenta de una relación estructural al psicoanálisis y las matemáticas, o dicho de otro modo, de su relación absolutamente necesaria.

Ritvo sugiere[3] que vincular el sujeto con la ciencia, es eliminar el sujeto responsable, sin el cual el psicoanálisis no podría operar.

Su razonamiento se funda en otro equívoco –consecuencia de una particular lectura del concepto de sujeto- según el cual el sujeto de la ciencia se opone al sujeto del psicoanálisis.

Esta tesis fundamental para casi todos los post-lacanianos queda expuesta de manera elocuente en esta cita de Moustapha Safouan:

Refiriéndose a la Ciencia y la Verdad: “Inicialmente, Lacan deseaba titular esta conferencia inaugural del 1 de diciembre de 1965 “El sujeto de la ciencia”. Titulo paradójico y provocador. ¿No había definido más o menos dos años antes que la ciencia se fundaba en al exclusión del sujeto, por las mismas razones por las que excluía la cuestión de la verdad, o bien la reducía, como lo hace la lógica formal, al simple criterio, al valor de verdad? Por otro lado, si los científicos siempre han considerado que, si no la Ciencia, al menos cada ciencia tiene un objeto –cualesquiera que sean las modificaciones de la definición de este objeto, ligadas al desarrollo mismo de esta ciencia-, agregarle un sujeto tiene más bien para ellos un olor a azufre y cuernos. (…)Esta cuestión ya fue introducida por B. Vandermersch a propósito del seminario 11: ‘El sujeto del inconsciente es el sujeto de la ciencia en el sentido del sujeto forcluido por la ciencia’)”[4].
Consideran, erróneamente, que la ciencia forcluye al sujeto. Y para eso refieren, sin citar, a un Lacan de dos años antes (seminario 11), que, notablemente decía:
formulé la esperanza de que (…)  se vuelva a producir la cristalización tajante, decisiva, que se produjo antes en la ciencia física, pero esta vez en una dirección que llamaremos la ciencia conjetural del sujeto Esto es menos paradójico de lo que parece a primera vista.[5]
Notese que Lacan ya nos advierte sobre la apariencia de paradoja que tiene esta relación (ciencia-sujeto) confusión de la cual el poslacanismo no sale, por no haber advertido que lo que la ciencia forcluye es la verdad en su forma religiosa, para advenir una verdad formal, propia de las matemáticas … pero dejemos esta discusión para otro momento.

Contrariamente a lo sostenido por los post-lacanianos, Lacan en ese mismo seminario, postula una relación estructural entre el sujeto y la ciencia:

Me atrevo a enunciar como una verdad que el campo freudiano sólo era posible cierto tiempo después de la emergencia del sujeto cartesiano, por el hecho de que la ciencia moderna empieza después del paso inaugural dado por Descartes.[6]
(...)les mostré el punto de arranque de Descartes, cuyo proceder, en su origen y en su fin, no está dirigido esencialmente hacia la ciencia sino hacia su propia certeza. Este proceder está en el principio de algo que no es la ciencia, objeto de la meditación de los filósofos desde Platón y antes, sino La ciencia, con el acento puesto en ese La y no en la palabra ciencia. La ciencia, en la que estamos atrapados todos, que forma el contexto de la acción de todos en esta época en que vivimos, y de la que tampoco puede librarse el psicoanalista ya que también forma parte de sus condiciones, es La ciencia, esa misma.
Con respecto a esa ciencia es que tenemos que situar al psicoanálisis. Sólo podemos hacerlo articulando con el fenómeno del inconsciente la revisión del fundamento del sujeto cartesiano que hemos llevado a cabo.[7]

Contrariamente a lo sostenido por Safouan y sus citas, Lacan propone en el seminario 11, que es en relación a La ciencia (en el sentido de ciencia moderna) que debemos situar el advenimiento del sujeto, por lo que de ninguna manera podría ser causa de su forclusión.

VER CONTENIDO COMPLETO EN EL SIGUIENTE ENLACE:http://www.etextos.com/contenidos.php?id_texto=136



[1] Lacan, Jacques. Escritos 2. Buenos Aires. Siglo Veintiuno Editores. 2010, pág. 813. Los subrayados son míos.
[2] Ibidem, pág. 816
[3] Ritvo, Juan Bautista. La eliminación del sujeto .Imago agenda, abril 2011 (agrego esta referencia al momento de escribir el artículo que motivo mi exposición en las jornadas)
[4] Lacaniana. Les séminaires de Jacques Lacan (1964-1979). Bajo la dirección de Moustapha Safouan, con Roland Chemamam, Christian Hoffmani, Alain Lemosof y Bernard Vadermersch. Libraire Arthème Fayard, Paris 2005, páginas 91 y 92
[5] Seminario 11, clase 4.
[6] Ibidem
[7] Seminario 11, clase 18

Você sabia?

Como matemático inventou há mais de 150 anos a fórmula das buscas no Google

Matemático
Cada vez que você faz uma busca simples no Google ou em qualquer outro buscador informático, entre os mecanismos de programação que permitem encontrar o que procura há princípios de lógica que foram concebidos há mais de 150 anos.
Foi o matemático britânico George Boole (1815-1864) que inventou um sistema de álgebra que é chave para a programação de hoje.
Boole foi homenageado nesta segunda-feira, no 200º aniversário de seu nascimento, com um Google Doodle, uma versão modificada do logotipo na página da empresa.
O logotipo animado ilustra as chamadas portas lógicas, que são usadas em computação e derivam de funções booleanas.
A álgebra de Boole, ou álgebra booleana, é uma estrutura algébrica que esquematiza as operações lógicas, e está presente em todas as partes: desde a programação por trás dos videogames até o código dos aplicativos e programas de computador que usamos.
Pode-se dizer que os tijolos que formam a programação, que são os comandos ou instruções dadas a um sistema informático, são todos baseados na lógica de Boole.
O logotipo do Google ilustra as portas lógicas usadas em computação e que são derivadas das funções de Boole: as letras se acendem baseadas na lógica das portas abaixo delas
“Se você é um programador não há como escapar do operador booleano”, afirma Michael Dunn, da Gospelweare, uma desenvolvedora de aplicativos para iOS e Android.
E, OU e NÃO
Durante os últimos 17 anos de sua vida, George Boole estabeleceu o conceito de lógica algébrica em matemática e simplificou o mundo em enunciados básicos que tinham “sim” ou “não” como resposta, usando a aritmética básica nessa tarefa.
“As interpretações respectivas dos símbolos 0 e 1 no sistema de lógica são Nada e Universo”, disse o matemático.
Esse conceito, que ele introduziu em 1847 e expandiu sete anos mais tarde, é o que está presente nos programas atuais de informática.
“Há um enunciado booleano quase a cada duas linhas de um programa informático, é uma parte totalmente integral da programação”, afirma Dunn.
Boole usou o conceito de portas lógicas, ou perguntas, que exploram um enunciado.
As portas lógicas mais básicas são, na linguagem original de Boole, E (“AND”, no original em inglês), OU (“OR”) e NÃO (“NOT”).
Em seguida, essas três portas podem se combinar para criar enunciados mais complexos.
Deste modo, quando se busca na internet por “Miley Cyrus”, por exemplo, há um uso implícito da lógica booleana do comando E para combinar as duas palavras, “Miley” e “Cyrus”.
Muito antes do Google, nos primeiros anos das buscas por computador, era comum usar os comandos E, OU e NÃO para filtrar os resultados.
Hoje, os avanços na tecnologia de buscas fazem com que muitas delas possam se realizar usando uma linguagem mais natural.
Ainda assim, o Google ainda permite aos usuários escrever E ou incluir o símbolo de subtração para afinar os resultados.
Impacto histórico
Boole morreu há 150 anos, aos 49 anos.
Em 1864 ele ficou muito doente após se encharcar sob a chuva ao caminhar até o lugar em que dava aulas.
Morreu em 8 de dezembro daquele ano, por um derrame pleural, acúmulo de água nos pulmões.
O próprio Boole tinha certa noção do impacto histórico que seu sistema de lógica poderia ter.
Em 1851 ele disse a um amigo que a lógica booleana poderia ser a “contribuição mais valiosa, se não a única, que fiz ou que provavelmente farei à ciência, e é o motivo pelo qual desejaria ser lembrado, se é que serei lembrado, postumamente.”
E assim aconteceu – como lembra a animação no maior buscador do mundo.

quarta-feira, 16 de março de 2016

O que é preciso fazer para ser a melhor professora do Mundo?

Melhor professora do mundo doará prêmio de US$ 1 milhão a escola

http://revistaeducacao.com.br/textos/blog-redacao/melhor-professora-do-mundo-doara-premio-de-us-1-milhao-346331-1.asp

Americana é a primeira vencedora do Global Teacher Prize, que premia professor que inspira alunos e contribui para a profissão


 

Entre o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o Sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum Kamran, primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Nancie Atwell recebe o prêmio / Jebreili/AP



A professora Nancie Atwell, que ministra aulas de literatura na pequena cidade de Edgecomb, no estado americano do Maine, ganhou US$ 1 milhão (cerca de R$ 3 milhões) como prêmio de melhor professora do mundo. O Global Teacher Prize é concedido pela Fundação Varkey, uma ONG que administra escolas públicas e privadas em 14 países.

A vencedora do prêmio, que leciona desde 1973, fundou o Centro de Ensino e Aprendizado há 25 anos: uma escola sem fins lucrativos em que todas as provas são personalizadas e todas as salas possuem biblioteca. E é para essa escola que todo o prêmio recebido por Atwell deverá ser destinado, segundo anúncio feito durante a premiação.

Autora de nove livros sobre educação, Nancie permite que seus alunos escolham os temas de suas redações e os títulos dos livros. Em média, os alunos leem 40 livros por ano – a média de leitura nos Estados Unidos é de 10. Em sua primeira edição, o Global Teacher Prize recebeu mais de cinco mil nomeações de 127 países.

Manuscritos de Einstein by Fred

Nessa semana o mundo se viu diante do avanço da Teoria das Ondas Gravitacionais, que dará uma guinada na Física, astronomia e sua aplicações. Dessa forma, replico aqui o que foi publicado no LatamIsrael.com (vide endereço completo da fonte no final da matéria).
Cein años pasaron desde que estos documentos escritos a mano, vieran a los científicos probar la teoría de Einstein al encontrar las ondas gravitacionales predichas en la teoría de la relatividad, y la Universidad Hebrea presenta los documentos originales. La teoría de Albert Einstein escrita a mano en papel que ahora seve más amarillento finalmente se ha reivindicado.
Funcionarios israelíes ofrecieron una rara oportunidad para ver los documentos originales donde Einstein presentó sus ideas sobre las ondas gravitacionales, lo que coincidió con el anuncio histórico respecto a que científicos habían vislumbrado la primera evidencia directa de su teoría.
“Einstein ideó esto con lápiz y papel, y le tomó la humanidad 100 años desarrollar las herramientas para echar un vistazo”, dijo Grosz, conservador de los Archivos Albert Einstein en la Universidad Hebrea de Jerusalem..
Uno de ellos fue el primer documento en el que Einstein presentó plenamente su teoría de las ondas gravitacionales, mientras que el otro era una página de su teoría de la relatividad, escrita en 1916 y 1915 de 46 páginas.
Fueron escritas de forma ordenada en alemán, la teoría de las ondas gravitacionales fue desarrollada por el físico alemán hace 100 años.
En un descubrimiento histórico para la física y la astronomía, según anunciaron el jueves en Washington científicos internacionales que habían vislumbrado la primera evidencia directa de ondas gravitacionales, o las ondulaciones en el espacio-tiempo.
La teoría de Einstein establece que la masa curva el espacio y el tiempo, al igual que la colocación de una bola de bolos en un trampolín.
Los objetos en la superficie se “caen” hacia el centro como metáfora de la gravedad en la que el trampolín es el espacio-tiempo. Las ondas gravitacionales no interactúan con la materia y viajan a través del universo por completo sin obstáculos. Fue un pilar central de la teoría de la gravedad de Einstein, pero nunca había sido probada.
“(El descubrimiento) es un momento muy emocionante”, dijo Grosz. “Una sonrisa del cielo después de exactamente 100 años.”
Einstein nos abre una nueva ventana
Einstein 2
Einstein mismo dudaba si alguna vez se pordrian detectar sus ondas gravitacionales dado lo pequeñas que son.
“Es el final de una parte del recorrido que tomó 100 años desde que se inició con la idea de una persona, pero se abrirá una nueva ventana al universo. Esto nos permitirá ver los procesos en el universo.”
Añadió que, al igual que con otros importantes descubrimientos científicos, era probable que conduzca a muchos desarrollos que “no podemos predecir.”
Einstein visitó Jerusalem en 1923 para poner en marcha la Universidad Hebrea de Jerusalem 25 años antes de la formación del estado moderno de Israel. Einstein vino como un Judío alemán, que estaba preocupado por las restricciones a la educación para las personas judías en Europa.
“Einstein estaba muy interesado en la creación de lo que llamó entonces una universidad judía en Jerusalem.”
En 1952, el entonces primer ministro David Ben-Gurion le ofreció la presidencia de Israel, pero este respondió: “toda mi vida he tratado con elementos objetivos, de ahí que carezco de una aptitud natural y de experiencia para tratar de manera adecuada con la gente”.
Ben Gurion e Einstaein
Cuando murió en 1955, Einstein dejó todas sus obras a la Universidad Hebrea de Jerusalem, lo que hace que esta posea la más extensa colección del mundo de sus documentos.
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